segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Caixa das Lembranças


Uma pergunta; Quem nesse mundo não tem ou teve uma caixa de lembranças? Sabe aquelas caixas em que você guarda cartas recebidas, aquelas cartinhas de namoricos da infância, cartas de amigos ou papel de bala, bombom, algo que nos lembram coisas boas e ruins também. Pois então, abri duas, das minhas três caixas hoje para procurar a garantia das minhas alianças de noivado pra conseguir vender, da qual infelizmente não consegui achar. Porém, achei sorrisos e choros, alegrias e tristezas materializadas em forma de papéis e objetos. Por um momento pensei; Será que se eu jogasse fora aquelas caixas, eu me livraria de coisas do passado das quais ainda não foram esquecidas? Não! A resposta é não.  E mesmo que eu não tivesse guardado todas aquelas coisas, elas sempre ficariam guardadas na caixa de minhas lembranças, o que normalmente chamamos de mente. Tenho uma caixa só para guardar duas cartas enviadas pelo correio de uma pessoa muito especial, o grande amor da minha vida, uma carta escaneada e mandada por email, uma foto, um cartaz feito por mim no computador de um evento que ele fez e muita, mas muita emoção! É impressionante como a gente consegue voltar ao passado, sentir o mesmo sentimento de antes ao ler e rever fotos. Acho que se não formos equilibrados o bastante, entramos em depressão ou em profundo êxtase. Quando vejo o final da história do conteúdo dessa caixa, que hoje ele está casado e eu na “mesma” condição da qual o conheci, misturado ao que aprendi com ele e comigo mesma, percebo que essa história ainda não teve fim, na verdade só terá fim quando eu morrer, porque cada caixa carrega apenas uma parte de nossa vida, e o que vamos fazer com o que aprendemos com elas que é o interessante da vida. Por um momento pensei em começar a ficar triste pelo “final” da caixa, mas olhando pelo lado bom, me senti muito feliz por saber que sou capaz de fazer alguém feliz mesmo que por algum tempo e saber que também fui a “caixa” de alguém. Hoje com tudo isso, decidi me preocupar em fazer com que as pessoas me coloquem em suas caixas; Caixas de papel, caixas que pulsam no peito, caixas tão resistentes que nem o tempo apaga suas lembranças. Segunda pergunta; Você já foi a Caixa de alguém? Se a resposta for sim, PARABÉNS! Se a resposta for não, ainda a tempo de saber o quanto é bom ter e ser uma Caixa. Última pergunta; Estou em sua caixa? Rs Se a resposta for sim, muito obrigada e pode ter certeza que está em minha caixa também. Mas se a resposta for não, RS pode ter certeza que farei de tudo para estar!

               04 de setembro de 2011, domingo                              POLIANA GOMES DA SILVA

Um comentário:

  1. Querida Polidy, que ótima surpresa o seu blogue!
    Adorei conhecê-lo; vais arrasar,viu?

    Quanto a crônica, que já conhecia, excelente; muito gostosa. Já fiz uma breve análise dela e compartilhei contigo, certo?

    Mas, recordei-a; repassei-a por meu coração.

    Beijão, Polidy,

    Rodrigo Davel

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